A palavra-chave em Eclesiastes é a palavra hebraica traduzida como " vaidade " ("hebel"(vapor); Ec 1.2;7.15). Essa palavra expressa o cerne do juízo do Pregador em relação à vida neste mundo.
Em sua raiz, a palavra hebraica "hebel" significa "fôlego" ou "vapor".
Ela é usada 78 vezes no Antigo Testamento, mas apenas três vezes com o sentido claramente físico. Nas outras 75 ocorrências, a palavra é usada metaforicamente, para descrever o que é incompreensível, fútil, vão, falso ou irrelevante.
O termo é geralmente usado para descrever a insubstancialidade, a irrealidade e a inutilidade dos falsos deuses (Dt 32.21; 2Rs 17.15; Is 30.7). Nesse sentido "hebel" é o oposto de "glória", a presença substancial, influente e duradoura de Deus (Êx 24.15-17).
Às vezes, ela representa o estilo de vida passageiro e momentâneo, como um vapor (Jó 7.16; Sl 144.4). Em outros casos, refere-se à falta de sentido e à frustração da vida (Sl 78.33; 94.11; Is 49.4).
Há muito, crê-se que a palavra "hebel" de Eclesiastes tenha o sentido de "vaidade", não no sentido de "valorização exagerada dos próprios atributos", mas no sentido de viver de modo fútil e sem propósito ou sentido.
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