terça-feira, 27 de setembro de 2016

O Livro de Eclesiastes (Livro do Antigo Testamento)

Autor:    Salomão ( Ec 1.1,16; 12.9)


Título:   A palavra "eclesiastes" do grego, significa, "o pregador". Pode ter sido assim chamado pelo fato de ter Salomão, após sua triste experiência de desviar-se, ensinado publicamente suas experiências e lições aprendidas.


Tema:   No livro de Provérbios tomamos conhecimento da sabedoria que tem sua origem em Deus. Agora, em Eclesiastes, tratamos da sabedoria meramente natural, a qual, a parte de Deus, procura encontrar a verdade é a felicidade. Ambos os livros foram escritos por Salomão.
   O primeiro, durante a primeira parte de seu reinado, quando andava com Deus; o segundo, durante a última parte de seu reinado, quando o pecado o separa de seu Criador. Nos Provérbios, ouvi-se dos seus lábios uma nota de júbilo e contentamento ao meditar sobre as bênçãos da sabedoria Divina. Em Eclesiastes, um tom de tristeza, desalento e perplexidade, ao ver o fracasso da sabedoria natural ao tentar resolver problemas humanos e obter a felicidade perfeita. Depois de seu afastamento de Deus (1Rs 11.1-8), Salomão ainda tinha sabedoria e riquezas. Rico e sábio, começou sua investigação a respeito da verdade e da felicidade longe de Deus.
   O resultado desta pesquisa tem sua expressão na sentença sempre citada, "tudo é vaidade" ( "inútil"). Salomão aprendeu a seguinte verdade que resume o tema do livro: sem a bênção de Deus, sabedoria, posição e riquezas não satisfazem; pelo contrário, trazem cansaço e decepção.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

O que o escritor de Eclesiastes quer dizer quando chama a vida de "vaidade"?

   A palavra-chave em Eclesiastes é a palavra hebraica traduzida como " vaidade " ("hebel"(vapor); Ec 1.2;7.15). Essa palavra expressa o cerne do juízo do Pregador em relação à vida neste mundo.
   Em sua raiz, a palavra hebraica "hebel" significa "fôlego" ou "vapor".
   Ela é usada 78 vezes no Antigo Testamento, mas apenas três vezes com o sentido claramente físico. Nas outras 75 ocorrências, a palavra é usada metaforicamente, para descrever o que é incompreensível,  fútil, vão, falso ou irrelevante.
   O termo é geralmente usado para descrever a insubstancialidade, a irrealidade e a inutilidade dos falsos deuses (Dt 32.21; 2Rs 17.15; Is 30.7). Nesse sentido "hebel" é o oposto de "glória", a presença substancial, influente e duradoura de Deus (Êx 24.15-17).
   Às vezes, ela representa o estilo de vida passageiro e momentâneo,  como um vapor (Jó 7.16; Sl 144.4). Em outros casos, refere-se à falta de sentido e à frustração da vida (Sl 78.33; 94.11; Is 49.4).
   Há muito, crê-se que a palavra "hebel" de Eclesiastes tenha o sentido de "vaidade", não no sentido de "valorização exagerada dos próprios atributos", mas no sentido de viver de modo fútil e sem propósito ou sentido.